A saúde reprodutiva está diretamente ligada ao equilíbrio da microbiota no trato genital. Quando ocorre um desequilíbrio microbiano – conhecido como disbiose –, podem surgir problemas como infertilidade, infecções e alterações na qualidade do esperma e do ambiente vaginal. Mas como isso acontece? E quais são as soluções disponíveis?
Neste post, vamos explorar como a disbiose impacta a fertilidade em homens e mulheres, seus mecanismos de ação e as melhores formas de prevenção e tratamento.
O que é disbiose genital?
A disbiose é uma alteração na composição da microbiota, ou seja, o conjunto de microrganismos que habitam o trato genital. Esse desequilíbrio pode ser causado por diversos fatores, como uso excessivo de antibióticos, infecções recorrentes, alterações hormonais, estresse e hábitos de vida pouco saudáveis.
O papel da microbiota vaginal na fertilidade feminina
A microbiota vaginal saudável é dominada por espécies do gênero Lactobacillus, responsáveis por manter o pH vaginal equilibrado, prevenir infecções e favorecer a reprodução. Quando há disbiose, podem surgir condições como:
- Vaginose bacteriana – Aumento de bactérias anaeróbicas que reduzem a presença dos Lactobacillus, favorecendo infecções e inflamações.
- Candidíase recorrente – Crescimento excessivo de fungos, causando desconforto e possíveis complicações reprodutivas.
- Doença inflamatória pélvica (DIP) – Infecção que pode levar a complicações graves, como infertilidade e gravidez ectópica.
A microbiota genital masculina e sua influência na fertilidade
Nos homens, a microbiota genital afeta diretamente a qualidade do esperma. A disbiose pode resultar em:
- Uretrite bacteriana – Inflamação na uretra que pode comprometer a viabilidade dos espermatozoides.
- Prostatite crônica – Infecção persistente na próstata, impactando a função espermática.
- Alterações na motilidade e morfologia do esperma – Redução na capacidade dos espermatozoides de alcançar e fertilizar o óvulo.
Disbiose e infertilidade: Como acontece?
A relação entre microbiota e fertilidade envolve diversos mecanismos biológicos, incluindo:
✅ Alteração do pH vaginal – Um pH desregulado pode reduzir a sobrevivência dos espermatozoides.
✅ Inflamação crônica – Processos inflamatórios afetam a receptividade do útero e a produção espermática.
✅ Desregulação da imunidade local – Pode facilitar infecções e comprometer a fecundação.
Diagnóstico e Tratamentos
Felizmente, existem formas de identificar e tratar a disbiose genital. Entre os principais métodos de diagnóstico estão exames laboratoriais, como análise da microbiota vaginal e espermograma.
Os tratamentos incluem:
🔹 Probióticos e prebióticos – Auxiliam na restauração do equilíbrio microbiano.
🔹 Antibióticos e antifúngicos – Para tratar infecções específicas.
🔹 Mudanças no estilo de vida – Alimentação equilibrada, controle do estresse e hábitos saudáveis são essenciais para manter a microbiota em equilíbrio.
🔹 Novas terapias – Pesquisas avançam no uso de transplante de microbiota vaginal e moduladores imunológicos.
Conclusão
A saúde da microbiota genital desempenha um papel essencial na fertilidade. O equilíbrio microbiano protege contra infecções, melhora a qualidade do esperma e favorece um ambiente ideal para a concepção. Apostar em hábitos saudáveis e terapias adequadas pode fazer toda a diferença na saúde reprodutiva e na chance de uma gravidez bem-sucedida.
📰 Fonte: CUREUS – SPRINGER NATURE
📖 Leia o artigo na íntegra AQUI
📌 Você já tinha ouvido falar sobre a relação entre microbiota e fertilidade? Deixe seu comentário!