Durante o Congresso Internacional de Nutrição Funcional da VP, realizado no mês de setembro de 2025 em São Paulo, a professora Louyse Sulzbach Damázio, da Unesc, em parceria com a Gabbia Biotecnologia, apresentou um estudo que conquistou um espaço de destaque entre os 10 melhores trabalhos científicos do evento.
A pesquisa avaliou a combinação de beta-glucana de levedura com as cepas probióticas Lacticaseibacillus rhamnosus CCT 7863 e Limosilactobacilus reuteri CCT 7862 e seu impacto sobre sintomas gastrointestinais e de saúde mental em adultos onívoros e vegetarianos. O reconhecimento no congresso reforça a relevância científica da biotecnologia brasileira e o avanço das pesquisas aplicadas à nutrição funcional.
O estudo contou com 40 participantes (20 vegetarianos e 20 onívoros) pareados por sexo, idade e hábitos de vida. O protocolo incluiu suplementação com beta-glucana de levedura isolada por 15 dias e, em seguida, beta-glucana combinada a L. rhamnosus e L. reuteri (1×10⁹ UFC) por mais 15 dias.
Os resultados foram avaliados por dois instrumentos validados: o GSRS (Gastrointestinal Symptom Rating Scale), voltado para sintomas digestivos como dor, gases e desconforto abdominal, e o DASS-21 (Depression, Anxiety and Stress Scale), que mede indicadores de estresse, ansiedade e humor.
Os dados mostraram melhora significativa nos sintomas gastrointestinais e na percepção de saúde mental em ambos os grupos, com diferenças sutis entre vegetarianos e onívoros na resposta terapêutica. Esses achados reforçam a importância da modulação da microbiota intestinal na conexão entre intestino e cérebro, o chamado eixo intestino-cérebro.
“Foi bem significativo a gente ficar entre os 10 melhores trabalhos para concorrer a esta premiação. Foi bem interessante esse reconhecimento do trabalho” informou Louyse a respeito do Congresso Internacional de Nutrição Funcional da VP.
Pode-se considerar um marco para a Gabbia e para a Unesc, além de validar o potencial da biotecnologia nacional em desenvolver soluções seguras e eficazes baseadas em microrganismos vivos e compostos bioativos.
Esse reconhecimento mostra como a ciência brasileira tem se destacado globalmente na pesquisa sobre probióticos, prebióticos e beta-glucanas, unindo tecnologia, nutrição e saúde de forma integrada e sustentável.